quarta-feira, 21 de julho de 2010

Linhas e utopias...

Perfeitas são as mocinhas dos filmes, que dormem cedo, não erram nunca, seguem uma agenda espartana à risca e são completamente previsíveis e lineares.
Acontece que eu sempre preferi os vilões, justamente por considerá-los mais humanos e, conseqüentemente, imperfeitos.
Brigo constantemente com o despertador. Idealizo pessoas, gosto de conservar o que me faz bem e perdas machucam minha alma.
Não esqueço nada facilmente, morro de saudades, sinto vontade de rir mais do que a boca agüenta, sofro mais do que a Maria do Bairro... Procuro fazer sentido para o “meu eu” e sofro, de novo, quando nada faz sentido. Não suporto injustiças, mas convivo constantemente com elas... Viver sorrindo não é uma forma de esconder o que me aflige, mas uma escolha!
Desisto quando realmente não vejo mais soluções ou quando deixa de ter importância... Amo viajar e, ao mesmo tempo, morar na “Terra do Nunca”. Gosto de comidinhas saudáveis, mas não abro mão de uma orgia etílica e gastronômica de vez em quando! Brinco com as palavras, mas nunca com os sentimentos. Falta de educação e de respeito me deixam mais macho do que qualquer homem no cosmos...
Piadas sem graça chegam a me provocar sorrisos sinceros. Sou uma eterna criança que sempre sonhou e ainda sonha em voar, voar alto. Metades não me servem, restos não me conquistam. Preciso, desejo e quero tudo por inteiro e em abundância. Sou a personificação da intensidade. Sou transparência, exagero, impulso... Sim, eu vivo uma hipérbole! O que é morno não me seduz e só a espontaneidade me atrai. Pessoas frias me entediam e a falsidade nunca coube em mim, tampouco ao meu redor.
As situações me mostraram que sentimentos independem de tempo. Eles simplesmente aparecem, e despedem-se ou permanecem por “n” fatores, mas o maior determinante é a minha vontade!
Magoar alguém acaba machucando mais a mim do que ao outro... Às vezes é incontrolável, mas sei que não tenho o direito de fazê-lo... Por isso aprendi a pedir perdão.
Adoro teatro, filmes orientais e nacionais, a cultura japonesa, mas não consigo me imaginar sem desenho animado! Sigo os valores de antigamente, mas adoro poder usar um computador, inclusive para pedir socorro ao Google. Adoro as coisas simples da vida, mas também aprecio a sofisticação. Amo a noite, e mesmo o dia não sendo meu “melhor amigo”, tento fazê-lo o mais produtivo possível. “Amo você” não é “bom dia”... mas quando realmente o representa, não deixo de dizer...principalmente a mim!
Aprendi a amar os defeitos... Não me preocupo com pessoas do passado, pois existe uma razão para não estarem no meu futuro. Educo meu livre arbítrio para a paz de alma, e tenho consciência de q é algo q devo fazer constantemente... e pra sempre. Apesar de ser uma metamorfose, sei que minha essência e meu caráter permanecerão.
Sim... Sou uma enorme mistura de contradições e incógnitas, ainda bem! Isso me aproxima mais da imperfeição, e não me deixa esquecer que o ser humano precisa de uma estrutura de sentimentos para que o entendimento se faça com base no amor!

domingo, 18 de julho de 2010

Nossa maior riqueza...


... ninguém consegue perceber!
Renato Russo

O tempo...

De repente você vê que aprendeu várias coisas. Mas não foi de repente, foi aos poucos. "De repente" não quer dizer que você aprendeu rápido. Quer dizer que você não percebe que está aprendendo, até que aprende. Você olha pra suas fotos antigas e não consegue se enxergar. Você lembra de frases ditas e atitudes tomadas e as trata como se fossem de um outro alguém. Você aprende que não há amor que não acabe, doença que não se cure, não há estrada sem fim. O caminho, sim, é sem fim. Basta torcer para estar percorrendo o caminho certo. Basta perceber que o seu caminho é errado e esperar pelo próximo retorno. É uma estrada de duas mãos. De repente, você se sente cansado de tanto aprender quando, na verdade, você está é cansado de estar rodeando de gente que não aprendeu coisa alguma. Não te preocupa. Todos aprendem, cada um a seu tempo. O problema é que alguns demoram tanto que acabam morrendo antes da primeira aula.