quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Para cantar tão alto até que me faça acreditar!

I guess I always knew
That I had all the strength
To make it though
Not gonna be afraid
I'm gonna wake up feeling
Beautiful today
And know that I'm okay

- Demi Lovato, in I Belive in Me ♩♫

domingo, 25 de janeiro de 2015

A espera

É engraçado como é fácil, depois que você finalmente encara uma coisa, seguir em frente e deixar essa coisa para trás, enfim.

- Tina Seskis, in Indo Longe Demais, p. 297.

Sobre a vida num piscar de olhos

É engraçado como é difícil, quando chega a hora da verdade, deixar para trás uma tragédia que sempre vai definir quem você é. Você precisa de uma enorme determinação e persistência para nunca voltar à cena da tragédia original, para deixar o lugar para trás. Pelo menos foi o que pensei por tanto tempo. Mas, ao ficar aqui de pé, desejo ter voltado anos antes. Ver os ônibus passando e como deve ter acontecido com facilidade, como uma garrafa quebrada pode ser a diferença entre a vida e a morte. Isso me faz perceber que acidentes trágicos como aquele acontecem todos os dias no mundo todo, e saber disso finalmente me ajudou a me curar.

- Tina Seskis, in Indo Longe Demais, p. 295.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Dramas familiares e a solidez de um edifício

Às vezes me pergunto como, dentre todos os meus dramas familiares, acabei sendo normal, como consegui lidar com as várias crises de Caroline e com o divórcio dos meus pais sem deixar que isso me afetasse muto. Não que eu tenha um coração duro, pelo menos espero que não, só pareço ter um essência muito sólida, sabe-se lá como. E é claro que tive sorte de conhecer Ben, ele tem sido a pessoa que me complementa de todas as formas, que até hoje faz meu coração bater mais forte meu corpo responder, e me pergunto se os casamentos das outras pessoas são como o nosso.

 - Tina Seskis, in Indo Longe Demais, p. 265.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Encarando o espelho

Esses últimos anos foram difíceis para você, não foram? Todas essas mudanças, tantas as incertezas... Outro dia ainda você acreditava que partir mais uma vez te daria a segurança de um novo lar, de novos olhares, de novos ombros e abraços para contar. É, você esperou tudo isso. E suas expectativas foi tão alta... Mas você as alcançou, todas. Mais uma vez você foi tão amada como jamais poderia imaginar que seria. E novamente, minha querida, caístes no mesmo erro: o de achar que não és digna dessas coisas boas que acontecem contigo. Por quê?
É claro que você ainda se olha no espelho se vendo de um jeito diferente daquele que eu te descreveria, como foi quando sua colega te descreveu para uma outra pessoa. Pareceu que não falavam de ti, não é? Parecia mesmo que era outra pessoa a quem endereçavam palavras gentis e tanto amor, mas não... Era para você mesmo. Achavam que eras digna daquilo tudo. E então? Qual o problema?

Penso que deverias ser menos rígida contigo, meu bem... Para que tanta tristeza nos olhos? Por que assim, tão triste? Por que esse sorriso doce só preso de lado? Para onde foram as tuas certezas se sempre fostes tão segura de si?
Para onde foram as fotos, os risos, as canções?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Para quem fala de menos

Ele fala com tanto carinho e sinceridade que me sinto tentada, mas ainda do que nas saídas recentes com Angel, em que bebi e fiquei doidona e louca de vontade de contar para ela. Já segurei por tanto tempo. Preciso desesperadamente passar pelos próximos minutos, talvez fosse melhor se eu pudesse falar, contar para alguém. Eu hesito, quase falando, como se elaborar as palavras pudesse tornar tudo pior ou melhor. É como se eu estivesse no alto de um trampolim, com o corpo encolhido, flexionado, formigando. Será que posso? Ou não posso? Controlo meus nervos e dou um passo à frente, para o vazio.

- Tina Seskis, in Indo longe demais, p. 169.

Sobre as dores do mundo

Alguma coisa em Ben se rompeu um pouc e ele se levantou e foi até a geladeira, na cozinha, e pegou outra cerveja e virou a lata, derramou o líquido pela garganta o mais rápido possível, por que não? Ele se sentia tão explosivamente irritado que precisava obliterar o sentimento, destruí-lo em pedacinhos, e, ao engolir o álcool, ele percebeu que nem estava mais zangado com ela, estava zangado com esse mundo horrível.

- Tina Seskis, in Indo longe demais, p. 222.

Sobre histórias únicas

Acho que todos, em algum momento da vida, seja mais cedo ou mais tarde, precisam ir longe demais. Precisam se libertar das correntes que os deixam serem seres “normais”. Em algum momento será preciso se libertar das correntes e atravessar aquele muro alto e confuso que separa a sanidade do aprisionamento.


Eis a sua chance.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Sobre o anonimato e a cidade grande

Ando pelo parque e fico surpresa com o quanto é silencioso depois que você se afasta das vias principais, longe das espreguiçadeiras e dos turistas. Encontro uma área inclinada onde a grama cresceu um pouco mais,  ando em direção ao topo e coloco a mala na sombra. Chuto as sapatilhas para fora dos pés e me deito na grama amarelada; não há ninguém por perto, só o ronco baixo do trânsito fora do parque para me lembrar de que estou realmente aqui, na capital. O sol que passa entre as árvores aquece meu rosto, fecho os olhos e me sinto quase normal, satisfeita até. Mas então a imagem queimada em mim pela milionésima vez e abro os olhos novamente. É estranho que ela não tenha ocorrido no trem, quando a dor de ir embora estava tão forte. Agora mesmo, eu estava me sentindo quase feliz, pelo cansaço físico, pela emoção da privacidade, pelo anonimato, pela promessa de um novo começo, aqui no meio dessa cidade grande. E a felicidade, Catherine, não é permitida.

- Tina Seskis, In Indo Longe Demais, p. 23.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Sobre as cidades escuras


Mas olha, em nenhuma outra vez te sentistes sozinha, então não é hora de te sentir agora. Por mais que a vida pareça mais escura e fria do que faz no verão do Rio lá fora, não deixe que te digam que foi tu quem criastes os pequenos monstros nos buracos dos tijolos da grande cidade. E ainda que eles estejam às centenas, aos milhares escondendo as luzes, cochichando segredos, não olhe para eles, não deixe que seus olhos se cruzem, apenas deixa que esses monstrinhos ingratos se vão... Deixe que se percam na escuridão e se confundam com teu brilho. Por isso brilhe, brilhe muito, brilhe tanto até que percam a visão e te deixem ali, sozinha, quieta e valente; sorrindo, como sempre.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Com todo o amor do mundo

Helena, destrua suas amarras. Não controle nada. Não tente ordenar, alinhar e podar aquilo que não depende de você. Faça o seu melhor. Ame de forma insana e sonhe com círculos, linhas paralelas e pequenos pedaços de nuvem, mas não cometa meus erros em tentar encontrar explicação nas falhas, nos sorrisos e nas lágrimas. Coisas boas e ruins acontecem todos os dias com pessoas merecedoras ou não. Injustiças azeitonam nossa realidade e a beleza da gentileza sempre está disponível para aqueles que querem ver.

Sempre que surgir a oportunidade: feche os olhos e pule. O mais alto. O mais profundo e libertador.
Respire.
Abras os olhos e me ouça dizer hoje e para sempre: a razão de viver é sentir.

- Feche os olhos e pule. In Cartas para Helena.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Dúvidas...

E aí, se sua vida dá uma volta de 180º e vai tudo para o ar? E aí, se tudo que estava tão calmo, de repente começa a fervilhar dentro de você e se tudo aquilo que você julgava morto e passado, de repente reaparece e te faz vacilar? E aí, se precisam de ti e você não consegue oferecer mais do que o já deu? E aí, como faz?

A inconveniente

Ela bate à porta e eu abro. Abro, mas não a convido a entrar. Porque não é bem vinda, porque não quero sua visita turbulenta, não quero seus hábitos inconvenientes, não quero seus sussurros indecentes. Simplesmente, não a quero por perto. Sou forte o suficiente para deixá-la sozinha, me esperando à porta. Sem despedida, embora também sem convite. Sem cadeira de espaldar alto em veludo, sem sorrisos e cumprimentos, sem sequer um copo d'água.

Saying all about me these days...

Days like this, I don't know what to do with myself
all day -- and all night
I wander the halls along the walls and under my
breath
I say to myself
I need fuel -- to take flight

And there's too much going on
but it's calm under the waves, in the blue of my
oblivion
Under the waves in the blue of my oblivion

Is that why they call me a sullen girl -- sullen
girl
They don't know I used to sail the deep and tranquil
sea
But he washed me ashore and he took my pearl --
and left and empty shell of me

Under the waves in the blue of my oblivion
It's calm under the waves in the blue of my oblivion

- Fiona Apple, in Sullen Days.

domingo, 4 de janeiro de 2015

2015 chegou....



2014 acabou. O ano em que eu saí de casa pela segunda vez. O ano em que eu me formei e entrei para o Mestrado, que tanto queria. O ano em que eu voei bem mais alto do que alguns anos atrás pensei que faria. O ano em que fechei a porta inúmeras vezes para meus fantasmas antigos, o ano em que eu fui mais forte e não os deixei entrar. Um ano cheio de bons amigos, conversas agradáveis, sorrisos sinceros! Um ano bom em tantas coisas... Então "me vem que a vida vale mil (...) e que se a vida é por um fio, valeu para quem já a viu"... Então, que venha 2015, e que seja ainda melhor!

♪Só agradece a esse dia que foi dado
Agradece à natureza e o cuidado
Agradece, novo dia, nova chance de recomeçar.
Graças te damos pela vida
Pela oportunidade de cantar e ser ouvida
Graças te damos pelo amor
Esperança que inspira, luta contra o opressor
Amarelou fui, janela abriu e o sol entrou
Trazendo vida, inspiração, luz que foi Jah Jah que mandou
(...) Damos graças e louvores, agradecemos independente das dores.
Só agradece a esse dia que foi dado
Agradece à natureza e o cuidado
Agradece, novo dia, nova chance de recomeçar♪


- Agradece, Marina Peralta ♪♪