Mas pessoas são como moscas, tentando atrair atenção, fazendo dançar e correr o risco de quebrar-se nas curvas, caindo esfacelada, sem significação. Joana ignora propositadamente a curva de uma folha banal perto de seus pés. Esqueceu as flores, espera sons rápidos, geométricos, para se fazer entender. Vagamente tem noção das figuras incomodativas, ondeadas de banalidades que tentam atrair-lhe a atenção. Não cede um milímetro para não desmoronar-se. Deve sobreviver.
- Maura Lopes Cançado, in No quadrado de Joana. Os melhores contos de loucura, p. 315.
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