Nesta semana dei duas entrevistas relatando minha história com os transtornos alimentares. Uma delas eu que me ofereci, quando uma estudante de jornalismo solicitou participantes para sua pesquisa de TCC; e a outra me procurou, uma jornalista da Revista Shape Brasil após ver meu relato no blog da Fer Fahel, o Despedida de Ana e Mia.
Faz um tempo já que contar minha história com relação a isto não tem trazido grandes emoções à tona, ou ao menos eu pareço não ficar mais tão sensível com relação a isto, então não tem problema em falar sobre nem que todo mundo que ainda não sabe fique sabendo das coisas pelas quais passei. Que não é mais segredo, isto é fato, mas também eu acho que não gostaria que de repente minha família e outras pessoas familiares queiram saber mais sobre isso, e descubram as outras coisas que aconteceram e que eu não cheguei a falar muito, principalmente o delicado estado de saúde em que cheguei. Só que é um risco que corro, já que concedi uma matéria a uma revista de circulação nacional e mês que vem minha carinha estará estampada na Shape no Brasil todo.
Por outro lado, me pergunto sobre essa nova fase da minha vida e não posso negar que me assusta um pouco o fato de que estou saindo de casa de novo, para morar "sozinha" e ser responsável em 100% pela minha vida. Será que terei maturidade suficiente para me disciplinar e fazer todas as refeições? Será que eu consigo não cair em desespero novamente por estar "meio gordinha"? Não sei... Mas estou certa de que determinada a tentar, muito fortemente, do fundo do meu coração.
Falando por telefone ontem com a jornalista da Shape, eu disse que parece que finalmente minha história começa a fazer sentido, que ter passado por todas as coisas que passei têm uma razão, uma finalidade. É bom saber que aquilo que a gente passou, e que foi tão ruim, no final das contas, pode servir para alguma coisa para um outro alguém... É edificante sentir isso!
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