Supere isto. E se não puder, supere o vício de falar a respeito (Caio Fernando Abreu). ESCREVA.
terça-feira, 12 de agosto de 2014
Sozinha
Olhando para tudo isso, eu tenho a impressão de que o mundo todo está nas minhas mãos. Que tenho acesso a tudo que o mundo poderia oferecer para alguém. Mas eu fico triste, porque não há ninguém para partilhar esse mundo todo. Sei que estou chateada com as mil e uma coisas que vêm não dando certo desde minha chegada a Niterói. Sei também que é essa instabilidade que me fez voltar a sentir aquele sentimento estranho no peito, a voltar a ter episódios de compulsão, privação, vomitar... Sei que tudo isso se soma com o fato de estar longe de casa, com não ter garantias, não ter certezas de nada - uma completa loucura para quem sempre teve cada milímetro de sua vida sob controle.
Clarice me diz tanto quando afirma que "o que estraga a felicidade é o medo"... Porque sinto tanto, tanto medo. Medo de não conseguir, de não ser suficiente, de não ser capaz. Medo de ter que desistir pelo caminho e ficar perdida, por não saber o que pode haver além disso... Medo da vida, enfim...
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