Limites o tempo. Limites, antes da última despedida. "Última?" Te foram tantas, não é? Que contas? Onde andas, enfim?
Sem mais despedidas. Esperas aí. Sentada, em tua cadeira alta de imbuia. O espaldar de veludo vermelho, como tuas unhas. Hoje, adendos de tuas mãos enrugadas. Não as alvas de outrora.
Ah, meu amor... Ah, se tivesses tido tempo... Mas "as pequenas despedidas apenas acordam em nós a consciência de que a vida é uma despedida"*.
Sem mais. Esqueço.
*Rubem Alves, in Tempus Fugiti, p. 63.
Nenhum comentário:
Postar um comentário