Hoje estive pensando nas pequenas coisas de grande valor. Talvez porque tenho me sentido infinitamente pequena e de pouco valor. Nada vendo ao olhar para dentro. E então, penso ser esperado não ver nada também do lado de fora. Nada que encante muito, que dê tanto prazer, que envolva de um jeito que não sei se em algum momento houvesse tido referências.
Ei, meu bem!, deixa disso, vai?! Por que tantas lágrimas, se quando pensa em quem és e em onde chegastes só tens motivos para te orgulhar?
Quando foi que teu sorriso perdeu o encanto, que teus olhos deixaram de brilhar? Por onde ficou aquela gargalhada gostosa e o entusiasmo pelos pequenos gestos?
Como pôde deixar de se amar?
Perdestes a crença no humano e bom? Ou te achas tão ingênua que todo e qualquer gesto vêm apenas para se aproveitar?
Olha, te enganas... Não sejas injusta!
Lembra da canção?
Outro dia, ela tocou e te tocou tanto que não pôdes mais deixar de pensar...
Então esforça-te mais para acreditar!
"E aprendi que se depende sempre
De tanta, muita, diferente gente
(...)E é tão bonito quando a gente entende
Que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá
E é tão bonito quando a gente sente
Que nunca está sozinho por mais que pense estar"...
Nunca sozinha, nunca sem uma companhia, mesmo que ela só te observe ao longe... Em teu coração continuas a sentir que há algo que não és capaz de explicar, mas que sentes. E que, enquanto sentires, há de ficar tudo bem. O problema será quando não sentires mais... Porque aí sim, ficou tão grande, que transbordou... Sobre algo, sobre alguma coisa... E consumiu com tudo que crescia ao redor.Há tanto de simples e sincero por aí... Há tanto ainda por vir.
Dá-te um tempo. Não forces situações, respeita teu momento. Vive também isso que dói, que te assusta, que te mete medo. Que é tão intenso e tão doloroso que muitas vezes pensas não conseguir suportar. Em nível de dor, nunca te dê um dez. Quando doer muito, que seja nove. Deixa o dez para quando não puderes mais. E aí sim, e só então, entenderás que fizeste tudo o que pôde.
Que não foram mais pequenas coisas, nem pequenos gestos...
Eram maiores que você.
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