Supere isto. E se não puder, supere o vício de falar a respeito (Caio Fernando Abreu). ESCREVA.
terça-feira, 21 de abril de 2015
Sobre o desejo e outros seres
Uma das músicas que mais tenho ouvido neste momento, o qu não quer dizer que ela é uma das minhas favoritas, mas que apenas tem me dito muitas coisas e também dado nome àquilo que tenho sentido, diz que "the future that we hold is so unfil", que o futuro que aguardamos é indeciso. Faz-me sentido porque é justamente o momento em que eu tomo decisões sem saber ao certo o que elas trarão como consequências para minha vida, não sei o que têm a me dizer, não sei sequer o por quê de ter optado por determinados caminhos e não por outros. Mais uma vez poderia entrar na questão das apostas e dos riscos, mas não quero falar deles agora. Neste momento me faz mais sentido questionar sobre a ética da vida sob o ponto de vista das escolhas. Digo das escolhas, simplesmente por serem escolhas. Foucault não me ajuda agora. Freud e Lacan, talvez. Sim, se pensar pelo lado do desejo como mantenedor da existência, se for olhar para o desejo, esse desconhecido que me leva a tomar uns ou outros rumos, pela birra de apenas querer. Sem saber ao certo porquê, para quê e em quê. Minha mais sincera indecisão às minhas escolhas. Minha sincera dúvida, minha sincera angústia. Meu desejo por vida. Que pulsa, que impulsa e expulsa. Ex-sisto.
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