Bebendo do mesmo vinho todas as noites, engolindo os mesmos goles gelados e secos como se fossem água mineral sem gás. Mais uma noite em que palavras me embriagam, em que desejos me deixam tonta e derrubam, de rosto, sobre o piso frio. E ali, deitada, permaneço observando ao fim do mundo, aos sonhos desejantes explodindo como estrelas cadentes em decomposição no ar. Como se não houvesse acordado, como se nunca houvesse dormindo, como se jamais tivesse desejado um fio de vida escorrendo pela ponta dos dedos da mão.
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