E no meio desse furacão de coisas difíceis, eu tenho respirado fundo e vivido um dia de cada vez.
Como há semanas venho conversando com minha terapeuta, eu não posso controlar tudo, muito menos o desejo das outras pessoas. De tudo, ficam duas coisas: 1) quanto a meu pai, é difícil, mas ele está aqui. E o que pode ser feito, pode ser feito aqui. É isso. É o que está ao meu alcance, por ser psicóloga sim, mas acima de tudo por fazer parte de uma família linda que já passou por várias coisas e sempre se manteve unida e se dando força, mesmo que às vezes aos trancos e barrancos. Nós sempre conseguimos. E vamos continuar conseguindo, cada um fazendo a sua parte - e digo isso com muita esperança de que eu posso viver isso desta forma. Vou conseguir. O amor cura tudo. 2) Quanto à Tu, sim, ela se foi. E o que eu posso fazer agora é continuar amando-a como desde quando a conheci. Com a diferença de que fica aquele pedacinho de saudade que uma visita rápida não pode curar.
No meio disto tudo, muitas coisas antigas voltam... Memórias, lembranças e pequenas frustrações também. Olha, eu não sou corajosa assim não... Mas naquele dia eu sei que fui muito mais corajosa do que podia pensar que seria. E preciso continuar me surpreendendo com minha coragem. Tenho certeza de que aquele dia foi necessário, para que alguma coisa mudasse na vida de todo mundo. Eu sou uma pessoa melhor depois de tudo. Todos somos.
Vai levar um tempo ainda, pra essas dor passar e só ficar saudade, mas o bom é a certeza de que vai passar, sem que ninguém tenha passado ileso por ela. Infelizmente a Tu pagou muito caro, mas nós, que ficamos, repensamos algumas coisas também. Eu sei: a escolha era dela. E se ela quis assim, se precisou que fosse deste jeito, preciso aprender a acolher - mesmo que eu nunca entenda ou concorde!
Então agora, tudo pode ficar bem.
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