Não gosto de me sentir sozinha. Parece sempre mais vazio quando tento que as coisas não fiquem. Nesse caso é como se o reforço fosse curvilíneo e que quanto mais esforço haja pra que siga uma linha reta e nunca mais volte, mais ele faça curvas e retorne.
De nada adianta sentir-se só se não há mais nenhum recurso. Acho que o interessante mesmo é um esforço para se sentir bem. Valorizar as coisas pequenas e belas, como aquela borboleta que vejo pela janela, batendo suas lindas asas cor de céu, sem saber que seu fim não está muito distante de 30 dias.
Pela janela encontro o paraíso, se quiser, e encontro também o sol, se eu desejar, mesmo que nessa cidade ele apareça raras vezes no inverno.
A beleza das coisas vêm de dentro, então mesmo que esteja em preto e branco, posso esperar ver a vida arcoíris.
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