Supere isto. E se não puder, supere o vício de falar a respeito (Caio Fernando Abreu). ESCREVA.
sábado, 4 de junho de 2011
Sentia-se bem.
Antes não, mas agora sentia-se bem, agora voltava a sentir prazer nas pequenas coisas, nas suas pequenas ausências, nos seus pequenos problemas, nos seus grandes sonhos. O encanto retornara, as ideias se atualizaram, a vida enfim tomou forma e as coisas deixaram de cair ao seu redor. Ainda sentia o coração acelerar de vez em quando, aquela sensação de que esquecera de fazer algo muito importante, ou de que não haveria tempo suficiente para finalizar tudo. Mas o tempo se construía. Mas a vida por si só era importante e ainda assim, sentia medo. Embora, desta vez, o medo não paralizasse - a impulsionasse. Fazia-na correr, falar, cantar, atuar. Seu medo criava... Sentia-se um pássaro com asas podadas, mas mesmo sem voar lhe era permitido caminhar. Um caminho mais árduo, verdade, mas ainda assim um caminho. Algumas crises, é certo... Pequenas paranoias por estar iniciando o final de mais uma década. Então derramara novas lágrimas, contara outros fatos, assobiara uma nova canção, escolhera novos amigos, sentira uma nova forma de sentir saudade. E então, por outros caminhos, fora feliz.
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