"Eu também sonhara ser artista, mas quando chegou a hora em que devia escolher minha carreira, optei pela medicina, e soube desde o início que seria a psiquiatria (...). Gostaria de poder dizer que foi uma decisão dolorosa, que o artista em mim se rebelava contra a medicina. O fato é que achei que não daria uma contribuição séria como pintor, e, no íntimo, me apavoravam a pressão e a luta para ganhar a vida inerentes a essa profissão. A psiquiatria seria um caminho direto para servir a um mundo que sofria enquanto eu poderia continuar pintando por minha conta, e seria suficiente, achava eu, saber que poderia ter sido um artista profissional."
Ou, quem sabe, tenha trocado o teatro pelo psicologia, desperdiçando um sonho, em pedaços.
- Elizabeth Kostova, em Os ladrões de cisne.
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