E os dias de que me lembro são dias idos. Escoaram silenciosamente para um passado indistinto. Não só idos, mas também esquecidos. São dias que, acho, não tornaremos a ver. Não aqui, não em Augusta Falls, nem em lugar nenhum. Tudo inundado do delírio animado da celebração espontânea, uma celebração sem outro motivo se não estar vivo. E o som de algo familiar, mas distante - um jogo de beisebol no rádio, o barulho das tampinhas verdes de Coca-Cola sendo abertas - e de repente o passado está aí. Em tecnocolor e com sistema de som que faz vibrar as cadeiras. Então, um silêncio bem vindo após um barulho sem fim.
- R. J. Ellory, in Uma crença silenciosa em anjos, p. 35.
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