Não tenho escolha. Rachel pensou em como aquilo era verdade, e a respeito de tudo: a gente tem uma chance no começo, mas, se não fizer a escolha certa, como ela não fizera, as opções se afunilam bem depressa. Como tentar atravessar um rio, pensou. Se você der um passo errado, pisar em uma pedra solta ou em um buraco, a correnteza leva você embora e a única coisa a fazer é tentar sobreviver.
Não deveria ser assim, disse Rachel a si mesma, e ela sabia que para algumas pessoas de fato não era. Alguns podiam fazer uma escolha errada e mesmo assim seguir seu caminho sem se aborrecer mais que uma vaca espantando uma mosca com o rabo. Isso tampouco estava certo. Com a raiva que ela sentiu ao pensar nisso, ficou mais fácil ir até o depósito pegar o machado.
- Ron Rash, in Serena, p. 80.
Nenhum comentário:
Postar um comentário