Esse final de semana foi todo confuso. Uma confusão no meu quarto, uma confusão nas minhas coisas, uma confusão na minha vida. Uma confusão de diversas ordens que se generalizou e tomou conta da minha existência como se fosse um furacão que, sem saber ao certo para onde ir, tira tudo do lugar.
Aí eu fui tentar fazer um pouco dessa ansiedade toda diminuir indo à igreja, que de alguma forma me traz algum conforto. E foi ao mesmo tempo estranho, curioso e lindo.
Quando fui comungar eu estava em uma fila com uma mulher que eu sempre vejo na igreja e que sempre me chamou alguma forma de atenção que eu não sei dizer bem o que é, mas que há alguma coisa. Obviamente, eu nunca disse nada a ela, sequer tive a oportunidade de cumprimentá-la de perto. Eu apenas admirava ao longe. Mas nesse dia eu optei por ir na fila com ela, até porque havia duas opções ali. E quando foi me entregar a hóstia ela deu um sorriso lindo. Mas, eu coloquei a mão direita em cima da esquerda na hora de receber e o sorriso dela se desfigurou um pouco. E ela disse, esse é embaixo. Então saiu muito espontâneo um "mas eu sou canhota!". Aquele mesmo sorriso voltou, acompanhado de um "ah, meu Deus, desculpa!" e ela colocou a mão na minha bochecha e de lá pra cá parece que a mão dela continua aqui. Aquela desconhecida com um sorriso bonito, aquela mulher cujo nome não sei, cujo endereço não faço ideia. Parece que aquele toque, tão sem segundas intenções, tão gentil e tão simples, foi um jeito de me dizer "ei, fica tranquila, que está tudo bem. Essa nuvem negra vai passar".
De lá para cá o coração acalmou um pouco. Mas essa imagem não sai da cabeça.
Como não acreditar em Deus?
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