sábado, 20 de agosto de 2016

Confissão

1. Adoro o silêncio. Sim, sou uma pessoa calada. E adoro ficar quieta. Não sou/estou deprimida, não preciso de ajuda. Só gosto muito de ficar sozinha e quieta.
2. Eu poderia ser vegana. Poderia mesmo. Quase não consumo produtos de origem animal, mas já faz um tempo que eu me livrei de tudo que me engessa e amarra. Vou continuar comendo chocolate. E comida japonesa. O choro é livre.
3. Tenho uma deficiência visual leve desde criança. Comecei a usar óculos com 7 anos de idade, mas a maioria das pessoas nem suspeita disso, porque faz muitos anos que uso lente de contato, praticamente o dia todo.
4. Tenho medo do escuro. Faz anos que perdi a coragem de assistir filme de terror sozinha. Apago a luz e vou de olhos fechados para a cama.
5. Sou canceriana, mas rompo com todo o protocolo. Não gosto de expressões públicas de afeto. Definitivamente, romances não têm nada a ver comigo. Sou meio durona mesmo.
6. Já tive muitos problemas com comida. Desenvolvi transtornos alimentares muito nova e não acredito em cura, embora me considere quase recuperada. De vez em quando ainda preciso encará-lo e dizer quem é que manda. Sou administradora de um grupo gigante - que cresce a cada dia! - para pessoas que lutam com T.A.s. Isso me deixa bastante triste.

Ao longe

Hoje a Baía de Guanabara estava coberta pela neblina. Eu só via a ponta dos navios e o topo dos prédios, ao longe.

E quando...?

Não me arrendo em nada da minha escolha. Se choro, não é por receio ou arrependimento, mas por pensar que, talvez, o que desejo e que penso que me fará feliz, não seja da ordem do possível.
Mas... E quando você não se ama e te comparam com alguém que você ama?

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Afeto

Ela disse...
"Sabe, a imagem que eu vejo é como se você tivesse um balãozinho assim, pendurado, em que você guarda todo o afeto que você recebe e já recebeu na sua vida. Só que esse balãozinho tem um buraquinho e ele vai saindo. Esse buraco já foi bem maior, já foi muito grande. Hoje é um buraquinho, bem pequenininho, mas o afeto ainda sai por ali e o balão nunca enche. É como se houvesse um monstrinho lá embaixo que só você vê. Ele está adormecido, mas o seu medo é que um dia ele acorde e lhe diga que tudo aquilo de mais horrível que você pensa sobre você seja verdade".

- Minha terapeuta. In Threatment by myself.