Supere isto. E se não puder, supere o vício de falar a respeito (Caio Fernando Abreu). ESCREVA.
sábado, 5 de agosto de 2017
"Tanto desencontro na vida"...
O fato é que: já chega de choro. Decidiu, decidiu. É uma coisa ou outra. Por que acha que você pode ser egoísta de ficar com todas as opções se todo mundo tem que escolher?! O duro é que a vida tem jogado muito rápido. Não tem dado muito tempo para você pensar antes de escolher. E o problema é você, que insiste em tomar as decisões mais sensatas, sendo que o mundo é pura insensatez. Essa sua cobrança toda por responsabilidade dentro de uma cabeça de menina tão levada não condizem, não podem existir em harmonia. Ou você confia em você e se entrega àquilo que te dá prazer, mesmo que seja um pouco complicado agora e pelos próximos anos, mas confiante num futuro confortável; ou você respeita a cobrança, assume o terninho e o sapato fechado e a tranquilidade que a vida te oferece hoje. São essas as suas opções. Mesmo que volta e meia você se diga que "nada disso estaria acontecendo se...", você sabe que essas dúvidas sempre estiveram presentes na sua vida, e você tem sido genial em equilibrar id (desejo) e superego (proibição) e deixar o ego confortável. Mas nem sempre vai ser possível e esses tempos difíceis chegaram. É claro que tem uma coisa que talvez as pessoas não consigam entender e talvez não sejam capaz de se perguntar, que é o quanto tem sido difícil para você ter sobrevivido àquilo também - com todas as intercorrências que significou. Não dá mais para se proteger da vida, entende? Ou se joga ou fica em casa e fecha a porta. As duas opções não cabem mais. São como essas roupas que você está tirando do guarda-roupas, se desfazendo, dando para um desconhecido qualquer. Não cabem na sua vida, como ela está por vir. Não se usa vestido longo florido lá, assim como você aprendeu que os coturnos de cadarço não combinavam com a orla e o calçadão. Vai ser fácil? Não vai. Você se lembra de como foi difícil ser a recém chegada de três anos atrás... Tudo lindo, azul, quente, populoso. E você se sentia sozinha na multidão. Agora as coisas mudam de figura, mas nem tanto. São as mesmas coisas, mas diferentes, invertidas. E de ontem para hoje, parece que o lado avesso não é mais o seu lado certo, que você precisa voltar para seu lado "certo", que todos viam antes dessas mudanças todas, no seu perfil "ativista de sofá", da rebeldia velada. Você continua sendo a menina exemplar, que supera todas as expectativas, mas que se rebela colocando piercing e fazendo tatuagem - onde ninguém vê. Percebe? O duro é que deixa todo mundo acreditar mais em você do que você mesma acredita. Você continua seguindo as expectativas, mesmo quando se acha muito esperta e de opinião própria. Segue a maré. Porque de remar contra a corrente já está cansada. Se faz a mesma pergunta: faz o que faz por coragem ou medo? Talvez as duas coisas. Cada uma pelos seus próprios motivos. Dizem por aí que a felicidade está onde está o medo. Você assume "o risco da vida invadir a contramão"?
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