segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sob névoas e tempestades

Então corte, recorte. Corte o tempo em fatias infinitamente menores, tire os ponteiros do relógio e acabe. Acabe com tudo. Destrua as folhas das árvores em seu outono frustrado. Grite, braveje e entenderei. Todos entenderão que o tempo precisa de tempo também e que nem sempre o que se quer mostrar é de fato o que se vê, que as coisas podem encobrir-se em palavras bonitas ou que lágrimas secam sob a potência de um falso sorriso. Mas se ela disse que estava bem era porque queria dizer. E por mais que as palavras lhe pesassem, não faltavam motivos para falar. Para doer com lágrimas de chocolate e suspiros de morango. Tudo, tudo, desmoronando, caindo. E a vida triunfando sob névoas e tempestades.

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