Sou mulher...

Sou mulher e adoro palavras doces.
Sou uma dama: amo que se ofereça para pagar a conta toda do café, mas sempre a recusarei.
Sou mulher e independente. Tenho personalidade própria e recebo certas imagens que me fazem mudar, mas jamais faria se não concordasse plenamente com elas.
Mil vezes pensei em jogar a toalha e alegar nem ter começado, mas impossível existe sim. Só demora um pouquinho mais para chegar.
Sou apaixonada por Língua Portuguesa e pelo oriente. Não riam quando digo que vou ao Japão. Esperem que provarei!
Extremamente ansiosa... Tenho insônia e passo muitas noites em claro, esperando o que acontecerá no dia seguinte!
As pessoas mais interessantes que conheci em minha vida foram aquelas de situações inesperadas e a curto prazo: viagens, FERAs, filas de banco... Poderia passar a vida toda reclamando de não ter oportunidade de conhecê-las melhor, mas prefiro comemorar o fato de tê-las encontrado um dia.
Respiro arte. Sou atriz e a grande tragédia não é apenas maquiagem escorrendo! Fiz teatro por cinco anos. Acredito que algum dia voltarei. Farei psicodrama.
Possuo uma espiritualidade enorme e é ela que me dá todo esse brilho, pois minha vida é iluminada e nela há vários anjos.
“Brilha estrela”... Essa é a você, Sylvia!
Na realidade não sei quem sou, mas apesar de viver em conflito aqui dentro, você só vai ver meu sorriso, isso é fato!
Dizem que aprender com os erros dos outros dói menos. Pois escolho sofrer, mas aprender por mim mesma!
A explicação para amizades mais maduras talvez seja porque “eu ajo, falo e penso como uma adulta, mas lá no fundinho sou apenas uma menina”. Sou responsável e confiável; jamais machucaria alguém por puro prazer. A isso chamo hipocrisia!
Adoro meu cabelo preto e cacheado. Amo o que vejo através de meus olhos, o perfume das flores e as imagens da Natureza... Encantam!
Minha cidade é Curitiba. Minha palavra é permita-se. Meu sentimento é SOLidariedade. Vamos dançar ao som de Cansei de Ser Sexy, cantar com Amy Winehouse? Ou prefere ir ao parque e ler “Brida"?
Sorria! Feche os olhos e esqueça o mundo. Vamos viajar por todos os seus sonhos e chorar todas aquelas mágoas ressentidas... A vida é bela e eu?! Ah... Eu quero cada segundo dela!

Hey, girl! (6)

Motivo

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

Cecilia Meireles

Friedrich Nietzsche

"Minha solidão não tem nada a ver com a presença ou ausência de pessoas… Detesto quem me rouba a solidão, sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia….”

A cada mudança...

Não suporto padrões. Talvez seja por isso que tenha feito tanta terapia. Já tentei me adaptar em todos os padrões possíveis: já fui punk e patty, já usei calça rasgada e clips na orelha. Gostei de rock e dance, até de samba e pagode. Enfim, já tentei ser de tudo um pouco. No final das contas, nunca fui nada. Nada do que eu realmente quis ser, nada do que realmente sou, nada de essência, nada de felicidade. Fui uma mistura de tudo que quase sempre tentei me enquadrar, para agradar família, amigos, sociedade. Essa tal sociedade que impõe valores que desvalorizam o ser humano, que nos tornam soldados de um mesmo exército, idênticos, mesmo quando a moda é ser diferente. Fui tudo aquilo que quase sempre evitei, fui o contrário, fui o vazio dos meus próprios passos. E hoje, deu no que deu, sou o que sou: cheia de medos, fobias, complexos, traumas e baixa auto-estima.
Depois de algum tempo de divã e muitas lágrimas, resolvi chutar o pau da barraca, como se diz por aí; e admitir que fui o que não quis e que hoje tenho que ser o que sou, custe o que custar, doa a quem doer. Deixei minha timidez de lado, entrei no teatro e me tornei atriz. Vou a festas de música eletrônica, mas todos sabem que gosto mesmo é de Bossa Nova. Outras coisas já não saio contando por aí. Coloquei meus piercings, pintei meu cabelo e adotei o estilo que me faz feliz. E, embora continue com meus complexos, me acho um pouco mais interessante. Um pouco só. Se não me enquadro nos padrões exigidos, quem se importa? Eu não me importo mais. Descobri que o pior é não se enquadrar em nós mesmos.

LUTO!

A vida é um expiro e nós nunca sabemos em que estação seremos obrigados a desembarcar.
Basta morrer pra saber como estávamos vivos...
Até a dor deve ser curtida, ao máximo... Sempre parece ser a primeira vez, mas nunca saberemos se será a última...
Ao longo do tempo nós aprendemos tantas coisas. E eu sempre aproveitei ao máximo. Se chorei foi pra valer, meus sorrisos foram sempre os melhores. Os mais intensos.
Esperar pelo futuro não funciona. Afinal, de que parte do futuro falamos?
{Nós sentiremos sua falta!}

Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.” (C. Lispector)