Tarde nublada e quente. Um banquinho à beira-mar. Praia movimentada, mas vazia.
"Você quer ouvir?". Não, não era isso que queria dizer... Melhor perguntar se ela poderia falar.
Foram muitas palavras... Palavras que jorraram de sua boca, que pouco dizia. Em verdade, nada dizia, mas urrava em silêncio. Uma mistura de raiva ressentida com submissão não dita.
E sua história foi saindo... Foi cuspindo letrinhas frias e sem lágrimas, secas como seus olhos que brilhavam, mas não choravam, porque a vida havia lhe ensinado a ser forte e resistente.
Ou a ser calada e inconsequente.
- Para C.
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