Chorando. Foi assim que iniciou aquela carta. Mais uma para a coleção "Aquelas que jamais enviarei". Mas não era apenas mais uma carta de amor. Amor? Não, não... Tudo menos isso! Era de dor, desabafo, desamor. Nunca de amor, pois esta era das muitas histórias que queria esquecer. Manter-se longe dos romances, melados beijos indissociados de lágrimas compulsivas, que jamais lhe agradaram. Os outros sim, buscavam chorar, mas não ela que era uma garota forte e madura. Independente! Palavra bonita...
Depois dos sonhos perdidos na infância não se viu mais derramando lágrimas em vão. A mãe se fora cedo e a defesa manisfestava-se através do muro intransponível entre si e o resto do mundo.
Escrevera poemas para libertar a dor. Não que uma gartoa de 17 anos soubesse exatamente o significado da dor, mas chamava assim aquele aperto no peito, que sentia todas as vezes em que olhava os cadernos coloridos em verde, branco e preto, e que agora eram apenas letras. Letras escuras e sem som.
Um comentário:
não semeie.pique!!!! Delleuze e sua maquina de guerra nomade!! me mostrou o outro caminho que não saio mais de sua orbita!
abraços
fellini ?
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