sábado, 23 de abril de 2011

Tudo mudara

Tudo mudara. Eram outros. Pareciam serem outros, não mais os mesmos. Ou eram os mesmos, mas com outras roupas, com outros gestos, outros olhares. Parecia um estado variado de alucinação, mas eram outros e ela acreditava que se sentira diferente, eram mais amáveis, ela era mais amada. Ao se olhar no espelho se via como uma criança, uma menina com quem ninguém se importa, mas que todos amam. Uma menina que ainda sorri quando vê borboletas voando entre as flores do jardim. Uma garota que ainda implora quando vê o tempo passar e ainda quer brincar. Queria liberdade, mas também queria amor. E porque amava era tocada e tocava. Quem se importa se perdia a direção de vez em quando?! Quem se importa se ainda anda na contramão?!

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