domingo, 29 de julho de 2012

Desespero e te espero.

Aquilo tudo era um enigma para mim. Eu já tornara a perder as esperanças de vir a ser qualquer coisa se não uma péssima mãe, entediada e impaciente, me enchendo de Valium. Deitava na nossa cama com um livro e chorava. Eu precisava de Robert e, quando jantávamos juntos, eu lhe contava todos os meus temores e ele me abraçava, me beijava e insistia em que não havia qualquer motivo de preocupação, mas, depois do jantar, ele tinha uma reunião. Eu parecia estar sempre carente dele, e ele parecia não ligar muito para isso.

- Elizabeth Kostova, in Os Ladrões de Cisne

sábado, 28 de julho de 2012

Um dia, no Rio...

Sair de casa e viajar. Viajar, viajar muito. “Eu quero conhecer o Cristo”. Porque queria mesmo ver o Cristo Redentor, o Rio de Janeiro... Ah, o Rio de Janeiro. Terra de areia, gotas de mar nos cabelos, o sol na face trazia a brisa do mar. “Não, não andei tudo isto para não entrar”. Oxalá os pés aguentassem correr mais, mas bolhas grudam nos sapatos. O mendigo espancado no Porto do Rio talvez merecesse meus sapatos: eles não me machucariam mais e eu teria feito uma boa ação. Mas que ação seria maior do que se tivesse lhe ajudado? Pedi para não baterem, mas ouvi um não e diante do não, eu recuei. Recuei como cachorro vira lata que come carne podre do chão. Eram mil, eram um milhão. Como em um sonho, milhões de crianças de rua choravam e me pediam comida. Mas eu não tinha. A história era triste, mas não inventada. Talvez fosse retalhada, desavisada, inconformada; mas nunca inventada. E eu queria dar a cada um deles um pedaço de meu sanduíche natural integral. Não! Um copo de coca-cola com vodka, porque na noite fria e úmida, prostituição poderia levar à euforia e nunca diriam que não. Amor de mãe? Tesão de pai? Nunca sonharam com um carinho despretensioso, aquelas crianças. Des-pretender o quê?! Se o fim lhes viesse, era o fim também para mim que os observava sem querer observar. Olhos fechados, a baba escorrendo no queixo e pelo travesseiro. Morte ou Amor? Fodam-se as linhas tortas, dane-se o choro engolido. Se te amei foi por um copo de vodka e um pouco de vinho branco suave, por favor. Como pular de um muro no alto do Cristo Redentor e gritar, até acabar, até me acabar. No limite do horizonte, ali eu também, caindo livre.

domingo, 22 de julho de 2012

Notícias de lá...

Eu precisava de um tempo, daqueles em que as cores se misturam e tornam-se branco. Um tempo daqueles em que os pássaros näo cantam e as árvores silenciam o balançar dos galhos. Um tempo em que eu era eu e você era você e nada mais.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

As coisas passam

Pensando no tempo é que se vê como as coisas passam, afinal.

Expressões como "dê tempo ao tempo", "´vá com calma", "recomece" são ouvidas desde que somos criancinhas, quando olhamos nossos pais com olhos pidonchos e o nariz escorrendo, a testa suada de tanto insistir para colocar o cadarço no buraquinho certo do tênis. Naquela época já sabíamos o que era desistir. E é só olhar para hoje, ver como ...dá para amarrar o tênis com uma mão só e até colocar a lente de contato sem ver no espelho, porque fazemos isto todos os dias e a rotina já é nossa vida. Acho que é mesmo, e as coisas passam. Nada que um ano ou dois de paninhos quentes em feridas profundas não permitam cicatrizar. E assim, mais uma vez, o tempo passa.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

5 de julho de 2012 - mais um ciclo nesta Terra! :)

Ô, seu São Pedro, errou a data! Foi ontem! uashuahsuash xDD
E eu tive um liiiindo 5 de julho e COM SOL!
Obrigada pelas festinhas, balões coloridos, abraços contagiantes, lágrimas de emoção, mensagens, e-mails, flores e tudo o mais... Pessoas amadas do meu coração, vocês são as mais especiais do mundo!
:D

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Dias (in)comuns

Hoje eu procurei as palavras... Mas nenhuma delas é capaz de expressar exatamente o que eu sinto.