quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Morrer de quê?

Relativamente digna e não amarga? Ele não foi feito para isso. Mesmo se toda criação acaba em sua abolição, que a trabalha desde o início, mesmo se toda música é uma perseguição do silêncio, elas não podem ser julgadas segundo seu fim nem segundo seu suposto objetivo, pois os excedem por todos os lados. Quando acabam na morte, é em função de um perigo que lhes é próprio, e não de uma destinação que lhes seria própria. O que queremos dizer é o seguinte: por que, sobre as linhas de fuga enquanto reais, a "metáfora" da guerra aparece com tanta freqüência, mesmo ao nível mais pessoal, mais individual?

- Deleuze e Parnat, in Políticas. Diálogos.

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