domingo, 7 de dezembro de 2008

Perto do céu...

Se meu grito for calado e se cada palavra que eu digo simplesmente perder o sentido, eu não tive culpa. Não foram meus olhos que se encheram d'água e se fecharam. Não foi minha voz que ficou muda e, no seu silêncio, pediu ajuda de alguém que nunca existiu!
Se da dor eu tirar proveito e não vê-la como uma arma contra mim, mas para mim, aí sim eu terei culpa. Serei a culpada por não me deixar morrer; a culpada por não me deixar crescer na superfície do nada e à margem da insegurança de uma tal sociedade capitalista e manipuladora.
Serei a voz de quem tem medo. Serei o grito dos bons e calados.
Dentro de mim, bate um coração que tem imensa vontade de sair do peito e voar... Voar alto, bem longe... Perto do céu!

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