Todo ano é a mesma coisa, mas ainda assim a gente rejuvenesce nesta época do ano. Todo mundo pensa nos presentes, na ceia natalina, em ver a família toda reunida e rever os velhos amigos, as tias queridas, os primos chatos. O fato é que toda a família se encontra e faz uma festa bem grande, troca presentes, abraços e desejos de um Feliz Natal. Após isto todo mundo dorme tarde, acorda tarde no dia seguinte e a festa continua, sem falar quando se resolve prorrogar o clima natalino para o ano novo. Aí sim, mais orgias gastronômicas, época de engordar uns dois ou três quilinhos, para iniciar aquela dieta sagrada no mês de janeiro.
Ao mesmo tempo, muitos de nós – se não todos – se pegam pensando e questionando a vida, os feitos do ano que se passou, as promessas não cumpridas, as realizações não sonhadas. De que forma fomos importantes para os filhos, mudamos o ano dos companheiros ou contribuímos com um futuro melhor por meio do nosso trabalho. Da mesma forma, é o momento ideal de comer 12 grãozinhos de uva, fazendo um pedido para cada mês do próximo ano, que a gente acredita terem se realizado, pois por acaso alguém se lembra quais foram os pedidos do ano passado?!
O importante é que neste momento todos se dão ao direito de sonhar. Neste momento todos desejamos que nossos pais, namorados, esposos, familiares queridos, sejam felizes e realizados. Todos andamos por aí com um sorriso no rosto, cordialidade no coração e afeto nas mãos. Até mesmo os vizinhos (desconhecidos) se abraçam. Ah, clima gostoso esse do Natal... Bom mesmo se conseguíssemos levá-lo não apenas até o ano novo, mas para a Páscoa, dia de Nossa Senhora Aparecida, até o próximo Natal. Mas pensando bem, se conseguimos manter a alegria e a solidariedade natalina com as pessoas que a gente ama, não deve ser tão difícil aprender a amar quem ainda não é amado. Tudo em nome de um bom e próspero Natal.
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