terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Um telefonema

E essa vida é mesmo como uma selva imensa na qual vamos nos perdendo cotidianamente, cada vez seguindo mais para dentro da mata, mas sempre acreditando que não estamos perdidos... Que estamos apenas seguindo, sabendo perfeitamente para onde. Até que os dias passem, noites caiam e saiam; e aí, quando nos damos conta, não sabemos nem mais se estamos subindo ou descendo. E é precisamente neste ponto que gritamos por socorro! É o momento no qual todos se apegam ao seu Deus ou aos velhos amigos que deixamos para trás após o colégio, que se foram com a faculdade. Embora tenhamos passado longe por tempo demais, alguns ainda nos reconhecem e acolhem... Nos aceitam e telefonam todas as noites, até que as coisas fiquem bem, mesmo que seja um telefonema curto, quase mudo e com a voz fraca:
- Hã... Oi! Só liguei para você saber que continuo na linha.

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