sábado, 30 de abril de 2011

Solidão

É sinônimo de estar só. E estar só nem sempre é sinônimo de sozinho. Por vezes se está sozinho, mas no coração há o aconchego de uma mão amiga que está ali há alguns quilometros de distância e que um telefone resolveria qualquer ansiedade ou mesmo um pensamento seria capaz de afastar o medo e a insegurança de não ter ninguém. Porque na verdade tem, porque há um outro alguém. Já, solidão não... Na solidão não há ninguém; apenas há falta, ausência, desconsideração. Da mesma forma, há um outro a alguns quilometros, mas um telefone não dá conta, um pensamento muito menos. Precisa gritar, implorar para que a ouçam. Precisa parar de roer as unhas e controlar o rubor da face... Do que precisa mesmo é de um pouquinho de atenção, precisa de um pouquinho mais de colo, de fragilidade. Era uma mulher forte, disto não havia dúvidas, porém vez ou outra queria ser uma criança frágil brincando com fósforos, queria ouvir a mãe gritar para parar antes de se queimar... Mas e adianta, se mesmo sem brincar a vida já lhe queimara tantas vezes?! Então solidão deve ser ausência de sentido, ou presença de sentidos desconhecidos. Detestava pensar como uma pessimista, como alguém que sente mágoa pela vida, porque não era, não pensava assim. Era decidida, idealizava, tinha sonhos, amava tantas coisas... Embora nesses momentos de ausências não visse nada, não encontrasse nada, mas porque não encontrava não queria dizer que não existiam, apenas que se escondiam tão profundamente que precisava procurar demais para então perceber que as havia perdido.

Um comentário:

Carolina Filipaki disse...

Que bom que vc passou por lá! Eu mesma ando meio off...rs
Melhor ainda que gostou dos meus questionamentos. Fico feliz!
Pode ficar à vontade para utilizá-los. Manter o anonimato é interessante para preservar a minha ignorância sobre o assunto...rs. Mas não tem problema se quiser falar também... heheh
Beijos