quinta-feira, 16 de maio de 2013

Sobre a busca eterna


A gente leva uma vida tão solitária e acha que precisa completar. Que bobagem! A gente leva uma vida tão solitária que eu achava que precisava de algo mais. Onde estava? Correndo nas minhas veias, pulsando em meu corpo, paixão e hormônios que me levam do amor à decepção, passando por todo o tipo de doenças. Que bobagem! Poderia completar sozinha, com os meus próprios dedos. Poderia cozinhar sozinha, com as minhas próprias mãos. (...) Por que procurei? Para assistir, para ver seus olhos nos meus, para refletir minha ansiedade nos seus belos, belos, belos olhos que nem azuis eram.

- Santiago Nazarian, in A morte sem nome (p. 158).

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