sábado, 11 de abril de 2009

"Manifesto", outubro de 2007


Podem nos chamar de loucos mas se a nossa música não tem letra há uma razão. Nossa língua é única e verdadeiramente universal. Não fala de amores amargurados. Não se trata de um samba carregado de tristeza. Não expressa sonhos e aspirações profundas. Nada disso! Então entenda... Nossa música não tem letra porque deixa soar e se propaga unicamente o presente, aquele presente, livre de aflições, egoísmo, posse. Se tudo que podemos viver é o segundo imediato como fazem os recém natos ainda aprendemos a estabelecer conexões simpáticas. Estamos livres, puros e felizes! É essa música que você julga sem sentido? Será que somos nós loucos? Nós, que na nossa tribo, em nossa meditação vara as madrugadas e permitem céus que mudem de cor. Nós, sem fazer mal algum a ninguém, apenas celebrando e festejando o fim de toda a hipocrisia a nós mesmo? O que queremos nós loucos, é apenas voltar as origens, ao cosmo, ao útero... Nossa música diz tudo, sem falar nada!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

"Nunca desista dos seus Sonhos. Não importa o que esteja acontecendo, no final você sabe que vai tudo estar bem!"

Se me perguntassem o que me faz feliz eu diria que nada me faz feliz! Eu sou feliz por mim mesma. Minha felicidade não depende de fatores externos, porque se dependesse eu estaria perdida!
Sou feliz o tempo todo, porque estou de bem comigo mesma. Quando perco alguém que amo muito, digo que sou uma pessoa feliz em um inevitável momento de tristeza. Quando choro, é porque sou uma pessoa feliz que não se sente bem em determinado momento, mas não são essas situações que determinam minha vida toda.
Eu sou aquilo que acredito, sou o que penso e o que amo. Sou feliz porque quero ser assim e tenho total consciência de que sou a única e total responsável pela minha felicidade.

"Olha...


...Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz"

Qualquer semelhança pode ser a mais perfeita coincidência

"Olha,
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha,
Será que é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Sim, me leva pra sempre,
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Aí, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz
Olha,
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia
Despencar do céu
E se os pagantes exigirem biz
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida ..."
(Chico Buarque de Holanda)

Desejos

Sonho com aquilo que quero.
Sou o que você quero ser, porque só tenho uma chance.
Tenho felicidade bastante para fazer a minha vida doce, dificuldades para fazê-la forte, tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram, que se machucam, que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.
Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo -- quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo.
Sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, irrequieta na minha comodidade.
Pinto a realidade com sonhos e enxerto sonhos em cenas reais. Choro lágrimas de rir e quando choro para valer não derramo uma lágrima! AMO MAIS DO QUE POSSO e, por medo, sempre MENOS DO QUE SOU CAPAZ. Busco pelo prazer da paisagem e raramente pela alegre frustração da chegada. Quando me entrego ME ATIRO e quando recuo NÃO VOLTO. Mas não me leve a sério, sei que nada é definitivo, nem eu sou o que penso que sou.
-- Adaptado de C. Lispector