terça-feira, 26 de junho de 2012

Não era hipocrisia!

Não que fosse hipocrisia. Era mais um não se reconhecer. Era algo como escrever sem ler, desejar sem ver, saborear sem comer. Não era desistir de si, mas buscar em um outro algo que falasse a respeito de seu eu. Porque ela própria não se via, não queria se ver. Se desejasse ser a si mesma, falaria por si e não haveria problema, mas escrevera em terceira. Escondera-se dos sonhos, perdera-se na vida e desistira. Aceitara, sem desejo, um papel que desconhecia em uma peça que não vira com um texto que não lera. Mas subira em palco e vivera.

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