domingo, 17 de junho de 2012

Um novo sol

Era como abrir a janela e ver o sol após vários dias de chuva. O sol continuava lá, a sua ideia de sol permanecia a mesma e ela conhecia um sol na forma como infinitamente ele se apresentou na infância liberta, correndo em meio a árvores e galinhas no quintal na fazenda. Era um sol, um sol laranja-fogo, amarelo-vibrante. Era um sol e somente isso. Não precisava aparecer todos os dias porque sua presença era uma ausência-presente. Mas ainda assim o desejara. Desejara ver o sol em uma manhã de domingo emburrada. Ou em uma tarde de segunda-feira sem aula. Era uma luz estranha, uma nova vibração, como se após vários dias o sol não fosse mais o mesmo, como se fosse outro e outro, assim, todos os dias ela esperaria.

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