quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Coração

Coração dispara. Não dá pra saber se é medo ou raiva. Nada pode ser esquecido. Nada foi, efetivamente, esquecido e por isto dói. Um engasgo na garganta. Às vezes parece que as pessoas fazem questão de magoar, de machucar. Será que não percebem que ao manterem comportamentos nocivos para si, mantêm a dor daqueles que os amam?! Às vezes, até mesmo, não dá para crer que as pessoas não sejam más de fato, que apenas estejam perdidas e que ainda há tempo. Faz-me, inclusive, crer que talvez o melhor seja a solidão. Que talvez permanecer o mais distante possível de todos, viver uma fase bastante 'in' seja o mais saudável, que talvez se abster de dizer coisas, de expressar emoções, deixar de aparecer nos locais, seja mesmo o melhor e mais justo a fazer em prol de uma alma inquieta, de um coração que bate apressado, aos tropeços. Um coração que novamente sussura maldades em ouvidos que precisam de acolhimento e proteção. Medo, muito medo, é o que resta no fim, por cima de lágrimas - de tristeza ou de raiva.

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