Supere isto. E se não puder, supere o vício de falar a respeito (Caio Fernando Abreu). ESCREVA.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Nuvens
Olho pela janela e vejo um lindo céu azul celeste com poucas nuvens e um sol brilhante e claro, certamente um dia estranhamente atípico em Irati. E mesmo diante deste belo céu e dia claro eu sinto um vazio gigantesco. Pela primeira vez nestes cinco anos de psicologia eu não me sinto extremamente extasiada em voltar para Irati e aguardar a primeira semana de aula. Mesmo diante de outros anos difíceis, eu ainda voltava com uma energia imensa para mudar o mundo com a minha graduação, porém hoje não me sinto assim. Hoje, neste início de 2013, em específico, as coisas parecem chatas, monótonas e uma verdadeira obrigação. Quase um peso. Mas ainda assim, eu lembro que fiz uma promessa, uma daquelas promessas que fazemos enquanto se come 12 frutas diferentes - uma para cada mês - na noite de ano novo, que eu não iria reclamar. Que as escolhas foram minhas e que neste ano eu não iria reclamar. Eu iria aceitá-las, porque aceitar as minhas escolhas seria o mesmo que aceitar a mim mesma, como sou. Com estes mil e um defeitos e imperfeições, com minhas qualidades e meus desejos. Aceitar a mim mesma seria quase o mesmo que viver o que vier e aproveitar ao máximo cada pedacinho de vida em minhas mãos. Algo muito mais interessante do que olhar pela janela a rua vazia e esperar o tempo passar diante de meus olhos, de minha vida, de minhas escolhas, de meus medos, de meus desafios. Tempo, tempo, tempo. Tanto tempo na minha cabeça. Nuvens escuras e carregadas em um céu claro e contagiante.
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