domingo, 7 de setembro de 2014

Dando nome

Não é triste como parece que uma pessoa que teve transtorno alimentar nunca vai estar 100% curada? Tudo que nosso corpo sentiu, cada restrição, cada "esquartejamento" cria uma memória física muito forte. Podemos achar que estamos super bem, mas de repente, num lapso, vem aquela ideia errada, aquela revista dizendo "Emagreça Já" ou aquele guru que sabe a nova comida funcional que todo mundo deveria comer. Vem aquele doce que você come só pra se sentir mais feliz e depois pensa que aquilo está se transformando em gordura na sua barriga. E lá vai você se sentir pressionada por essa escravidão mental.
Eu considero a recuperação mais uma tentativa de amor-próprio (que é aceitar que esses pensamentos estão aí, e rebatê-los com atitudes positivas) do que uma verdadeira cura. Porque diariamente você precisa se fazer entender que não é preciso, não é correto, não é saudável lutar contra o seu próprio corpo. Afinal, ele é perfeito, tem tudo funcionando, e você é muito mais, muito mais, que um jeans 34...

P.s.: O texto não é meu. Mas nomeia com tamanha exatidão o que eu sinto.

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