sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Sobre a brevidade da existência

 - Mas a beleza é breve, não é?  - refleti.
 - Como se mede algo assim? - Lorenzo ponderou. - Um verão que vale a pena ser vivido é longo para a borboleta. Mas nós queremos décadas. Entretanto, de que valem se estamos empilhando perdas sobre perdas? Preferiria contar dias do que anos. Cada dia um ano, pela conta da borboleta. - Ele riu de seu filosofar. - Ouvi dizer também que as borboletas vêm da boca dos anjos.

 -  Regina O'Melveny, in O livro da Loucura e das Curas, p. 267-8.

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