quarta-feira, 2 de abril de 2014

Sobre a dor na alma

Agora tudo me parece tão estreito, tão apertado, veja, ás vezes é como se minhas mãos batessem no céu; oh, sufoco! Muitas vezes é como se eu sentisse uma dor física, aqui no lado esquerdo, no braço, com o qual outrora eu  a segurava. No entanto, já não consigo mais lembrar-me de suas feições, sua imagem me escapa, e isso me martiriza; só às vezes, quando tudo se torna inteiramente claro para mim, sinto-me de novo muito bem.

- Georg Buchner, in Lenz. Os melhores contos de loucura, p. 35.

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