sábado, 12 de julho de 2014

Sobre aquilo que sou e que começo a mostrar

Nesta semana dei duas entrevistas relatando minha história com os transtornos alimentares. Uma delas eu que me ofereci, quando uma estudante de jornalismo solicitou participantes para sua pesquisa de TCC; e a outra me procurou, uma jornalista da Revista Shape Brasil após ver meu relato no blog da Fer Fahel, o Despedida de Ana e Mia.
Faz um tempo já que contar minha história com relação a isto não tem trazido grandes emoções à tona, ou ao menos eu pareço não ficar mais tão sensível com relação a isto, então não tem problema em falar sobre nem que todo mundo que ainda não sabe fique sabendo das coisas pelas quais passei. Que não é mais segredo, isto é fato, mas também eu acho que não gostaria que de repente minha família e outras pessoas familiares queiram saber mais sobre isso, e descubram as outras coisas que aconteceram e que eu não cheguei a falar muito, principalmente o delicado estado de saúde em que cheguei. Só que é um risco que corro, já que concedi uma matéria a uma revista de circulação nacional e mês que vem minha carinha estará estampada na Shape no Brasil todo.
Por outro lado, me pergunto sobre essa nova fase da minha vida e não posso negar que me assusta um pouco o fato de que estou saindo de casa de novo, para morar "sozinha" e ser responsável em 100% pela minha vida. Será que terei maturidade suficiente para me disciplinar e fazer todas as refeições? Será que eu consigo não cair em desespero novamente por estar "meio gordinha"? Não sei... Mas estou certa de que determinada a tentar, muito fortemente, do fundo do meu coração.
Falando por telefone ontem com a jornalista da Shape, eu disse que parece que finalmente minha história começa a fazer sentido, que ter passado por todas as coisas que passei têm uma razão, uma finalidade. É bom saber que aquilo que a gente passou, e que foi tão ruim, no final das contas, pode servir para alguma coisa para um outro alguém... É edificante sentir isso!

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