No dia em que completei 16 anos, descobri que tinha ódio de mim mesma e mal conseguia suportar minha imagem no espelho. Parei de comer. Meu corpo me causava nojo e tentava ocultá-lo sob roupas sujas e esfarrapadas. Um dia, encontrei uma velha lama de barbear no lixo e adquiri o hábito de me cortar nas mãos e nos braços. Para me castigar. Tatiana curava as feridas em silêncio, todas as noites.
- Carlos Ruiz Zafón, in Marina, p. 143.
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