terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Sobre o futuro

"Eu podia ser a ternura
Sem desejo, beijo, nem sexo
Ser somente a história mais pura
Mas eu tô falando de amor".
 - Leoni, in Falando de Amor.

Talvez eu pudesse ser toda ou qualquer coisa, cujo único nome é incerteza.
Talvez eu buscasse as respostas em castelos de cartas, mas as cartas tenham sido edificadas à beira da janela - talvez haja vento, chuva, noite.
Talvez eu viesse a ser o mesmo e ser do mesmo é ser o mesmo que nada.
Talvez tenha cansado de perguntas gastas pelas certezas e queira algo para além do já conhecido.
Não, não estou falando de amor, mas também não falo de desistências.
Falo de tempo, de voz, de sonhos, de desejos - incertos, incompletos, funestos.
Desejos ainda não descobertos.
E eu, que dizia que encontraria por aí, segredos, talvez seja só poeira, conquista, saudade.
Ou seria eu o futuro, pássaro inseguro, arrastando as asas sobre o mundo?

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