quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Processo

Hoje, retomo Lya Luft, que me ensinou uma valiosa lição com seus poemas. "Não me digam que passa, não me digam que vai passar. Nem digam que tenho família e amigos e um trabalho a fazer. Não me consolem, não digam nada. Da minha dor eu sei." Então não esperem que eu não sofra, não esperem que tudo fique bem, que eu seja controlada, sensata e me vire bem. Deixem-me sofrer agora, que preciso derramar algumas lágrimas para não afogar o coração, este coração dolorido por uma dor que invade de tempos em tempos, oscilando entre a calmaria de compreender uma perda e a raiva de precisar conviver com ela.

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